O esporte como ferramenta de transformação social e combate à violência contra mulheres é o foco da iniciativa “Aliança Esportiva pela Vida das Mulheres e Crianças”, lançada no último domingo (30) no Cristo Redentor. Para marcar o evento, o monumento foi iluminado de rosa.

A comissão executiva da Aliança trabalhará no desenvolvimento e na implementação de um plano de ação alinhado aos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos, como a Copa do Mundo Feminina de 2027. Estão previstas ações como campanhas de conscientização, seminários, pesquisas e diretrizes, com o objetivo de usar o esporte como aliado na mitigação da violência e no apoio às vítimas.

A campanha se inspira em modelos como o adotado na Eurocopa Feminina de 2025, onde entidades esportivas e sociedade civil se mobilizaram para mostrar que o esporte pode contribuir para a equidade de gênero e o combate à violência contra mulheres e crianças.

Um estudo do Instituto Avon, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2022, apontou que nos dias de jogos de futebol do clube da cidade, as ameaças contra mulheres aumentam 23,7%, refletindo o impacto da violência doméstica.

Apesar desse dado preocupante, Beatriz Accioly Lins, líder de Políticas Públicas em Direitos das Mulheres no Instituto Natura, ressalta que o esporte pode empoderar mulheres e ressignificar essa relação.

A celebração de lançamento contou com a presença de atletas do Time Rio Olímpico e Paralímpico e da Seleção Brasileira de Futsal Feminino Sub-13.

A iniciativa é promovida pelo Consórcio Cristo Sustentável, em parceria com os Comitês Olímpico e Paralímpico do Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol, a Confederação Brasileira de Voleibol, a OAB-RJ, a organização Black Sisters in Law e a Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro.