Ministério da Saúde lança força-tarefa contra dengue em 80 cidades prioritárias
Redução expressiva de casos motiva novas ações com centros de hidratação, vacinação, guias técnicos e mobilização nacional.

Com foco na redução de casos graves e óbitos por dengue, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (8) uma nova força-tarefa nacional para enfrentar o avanço da doença, priorizando 80 cidades com alta transmissão ou crescimento expressivo de casos, todas com mais de 100 mil habitantes. As ações incluem centros de hidratação, reforço vacinal, equipamentos, capacitação profissional e diretrizes técnicas.
Os primeiros centros de hidratação — com até 100 leitos cada — serão instalados em locais adaptáveis, como UBS, UPAs ou tendas, com apoio da Força Nacional do SUS e investimento de R$ 300 milhões. A iniciativa já realizou mais de 3.600 atendimentos em São José do Rio Preto (SP), cidade com o maior número de casos registrados.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, o país já registra redução de 75% nos casos e 83% nos óbitos em comparação com 2024. “Estamos preparados para apoiar os municípios com estrutura, pessoal e protocolos clínicos para impedir que mais vidas sejam perdidas”, destacou.
Além da reorganização da assistência, o Ministério da Saúde distribuirá 1.260 equipamentos de UBV portáteis, que serão usados no bloqueio de surtos com borrifação em áreas internas e quintais. Paralelamente, 16 cidades passam a oferecer a vacina contra a dengue pela primeira vez, e os agentes comunitários receberão um novo guia de atuação.
Outras medidas incluem:
Criação de um Comitê Permanente de Mobilização contra a Dengue
Lançamento de uma campanha nacional de combate às arboviroses
Guia de Enfermagem para Arboviroses, com autonomia para atendimento inicial
Ampliação do curso da UNA-SUS com 50 mil vagas
Implementação do Manejo Clínico Sindrômico em áreas com múltiplos vírus circulantes
Atualização das Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle das Arboviroses
A secretária Mariângela Simão ressaltou que, apesar da queda nos números, 430 mortes já foram registradas em 2025 — 305 apenas em São Paulo. “Cada óbito por dengue é, em princípio, evitável. Nosso foco é salvar vidas com base na ciência e ação coordenada”, afirmou.
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