Morre Papa Francisco aos 88 anos após luta contra pneumonia
O pontífice argentino, primeiro papa jesuíta e sul-americano, deixa uma marca profunda na Igreja com sua defesa dos pobres e sua busca por reformas.

O Vaticano anunciou nesta segunda-feira, 21, a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, um mês após receber alta hospitalar devido a uma pneumonia infecciosa. O pontífice argentino, primeiro jesuíta e sul-americano a liderar a Igreja Católica, fez sua última aparição pública no Domingo de Páscoa, 20 de abril, quando saudou milhares de fiéis na Praça de São Pedro.
Segundo comunicado oficial lido pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell, Francisco “dedicou toda sua vida ao serviço de Deus e da Igreja, vivendo os valores evangélicos com amor e coragem, especialmente junto aos pobres e marginalizados”. Após semanas de convalescença e contra recomendações médicas, ele fez aparições públicas, inclusive em uma prisão na Quinta-feira Santa.
Francisco foi hospitalizado no Hospital Gemelli, em Roma, durante 38 dias, onde chegou a enfrentar momentos críticos, segundo seus médicos. Apesar dos riscos, optaram por um tratamento intensivo que lhe permitiu retornar ao Vaticano, embora já visivelmente fragilizado.
Fiel à sua simplicidade, o Papa determinou modificações no ritual fúnebre tradicional: pediu para ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e aboliu o uso dos três caixões tradicionais, adotando um funeral mais sóbrio.
Com o falecimento, o Vaticano entrará em período de luto e, em seguida, se dará início ao conclave que elegerá seu sucessor. A maioria dos cardeais votantes foi nomeada pelo próprio Francisco, o que poderá influenciar na escolha de um novo papa alinhado à sua visão de Igreja.
Durante seu pontificado iniciado em 2013, Francisco se destacou pela defesa dos migrantes, dos pobres e do meio ambiente, buscando aproximar a Igreja de temas sociais urgentes e trazendo um novo estilo de liderança ao Vaticano.
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