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Cotia,29/04/2025

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Campanha nas Américas visa aplicar 66 milhões de vacinas até 3 de maio

Foco especial está na prevenção do sarampo, que já soma mais de 2.600 casos em 2025

Agencia Brasil
Campanha nas Américas visa aplicar 66 milhões de vacinas até 3 de maio PAHO

Os países das Américas estão mobilizados nesta semana para ampliar a cobertura vacinal da população. A Semana de Vacinação nas Américas, organizada pela Opas, teve início no último sábado (26) e segue até 3 de maio, com a meta de aplicar cerca de 66,5 milhões de doses em todo o continente.

A campanha ganha destaque diante do aumento de casos de sarampo, principalmente nos Estados Unidos, Canadá e México, que já somam mais de 2.600 casos confirmados e três mortes em 2025 — número dez vezes maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.

No Brasil, que reconquistou o certificado de país livre do sarampo em 2024, não há transmissão sustentada da doença até o momento. Para manter esse status, o Ministério da Saúde convoca todos os que não tomaram a vacina ou não têm certeza se foram imunizados a se vacinarem com a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

A Unicef e especialistas da Fiocruz reforçam a importância da mobilização. "O sarampo é altamente contagioso e pode ser letal, principalmente para crianças desnutridas", alerta Luciana Phebo, chefe de saúde e nutrição do Unicef no Brasil. “Manter a eliminação do sarampo também é um indicativo de que o programa nacional de vacinação funciona bem”.

Além do sarampo, a febre amarela é outra preocupação crescente: 189 casos foram registrados nas Américas em 2025, sendo 102 deles no Brasil, com 41 mortes. O número já triplica os dados de todo o ano passado.

Com o lema "Sua decisão faz a diferença", a campanha deste ano também visa ajudar os países a alcançarem metas de eliminação de mais de 30 doenças até 2030, sendo 11 preveníveis com vacina, como hepatite B, meningite bacteriana e câncer de colo de útero.

Para o cientista Akira Homma, da Fundação Oswaldo Cruz, vacinar em massa é essencial para conter surtos: "Doenças não têm fronteiras. Mesmo que uma pessoa doente chegue ao país, com alta cobertura vacinal a doença não se espalha".

Especialistas ainda apontam a importância de adaptar estratégias às realidades locais, combatendo a desinformação e facilitando o acesso à vacina. Exemplo disso é o Super Centro Carioca de Vacinação, no Rio de Janeiro, que funciona até as 22h e nos fins de semana. A proposta, segundo eles, é que esse modelo seja replicado em todo o país, com vacinação em metrôs, aeroportos e centros comerciais.









O esforço coletivo reforça o papel do Brasil como referência em vacinação na região e o compromisso em evitar o retorno de doenças já eliminadas.




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